terça-feira, 11 de maio de 2010

O Brasil e o Irã

O Presidente Lula irá ao Irã neste fim de semana. Na mala, ele leva uma aposta arriscada. Tanto para ele, como para o Brasil. Trata-se de se colocar como "mediador" da questão do programa nuclear iraniano, sobre o qual boa parte do mundo desenvolvido suspeita de ter propósitos bélicos.

A aposta é arriscada porque esses países acreditam que o goveno do Irã está usando essa "intermediação" do Brasil para ganhar tempo e, com isso, enriquecer urânio em nível de artefato nuclear. Governos periódicos sérios desse países já criticam seriamente essa posição do Brasil.

Se o governo brasileiro tem uma carta na manga para levar a bom termo essa "mediação" convém mostrá-la durante essa visita. Nesse caso, tanto o Brasil quanto o presidente ganharão prestígio e respeito perante o resto do mundo. Se, ao contrário, o governo do Irã tergiversar, o governo brasileiro deve aproveitar a oportunidade e cair fora dessa "intermediação", perdendo de pouco.

Se não cair fora, corremos o risco de fazer um papel vexaminoso com graves consequências para o Brasil.